Já é possível sentir a crise econômica mundial no nosso dia-a-dia. O aumento dos juros tem impacto direto no endividamento das pessoas, tornando maior a dificuldade nos pagamentos de empréstimos.
Dados recentes mostram que o brasileiro nunca esteve tão endividado. O montante das dívidas dos trabalhadores pode chegar ao final do ano representando, comparativamente, a 40% do PIB.
Dentro de uma empresa o problema de endividamento dos colaboradores, que chega em alguns casos a 80% do efetivo, tem consequências visíveis:
Baixa produtividade
Aumento de absenteísmo
Aumento de acidentes de trabalho
Sabe-se que uma pessoa com problemas "contamina" a produtividade da equipe da qual faz parte, do departamento e da empresa.
Questões financeiras pessoais acarretam grandes prejuízos para as empresas. O problema, na maioria das vezes, nem é decorrência direta do salário do colaborador, mas sim, principalmente, do fato de que ele não sabe lidar com o dinheiro que recebe. Assim, as pessoas que vivem mergulhadas em dívidas manterão este perfil ganhando menos ou ganhando mais, a menos que aprendam a administrar seu orçamento.
Pessoas que sabem gerir seus ganhos, que controlam bem seus gastos e que se preocupam em poupar e investir são, como mostram vários estudos, melhores colaboradores que as demais. Sua atuação nas empresas é infinitamente mais participativa, eficiente e comprometida.
Um Programa de Educação Financeira é a solução mais eficaz para auxiliar na mudança do comportamento dos colaboradores, transformando-os em pessoas conscientes, que saibam se organizar e se planejar, mostrando o caminho da prosperidade.
Para o colaborador, além de um benefício, o Programa é uma ajuda real.
Para a empresa, é uma ação social, vista inclusive como ferramenta de marketing, ao lado, por exemplo, de ações de sustentabilidade. Instituições internacionais de certificação de qualidade inclusive cobram das empresas a adoção deste tipo de ação.
Empresas que já adotaram programas de educação financeira apresentam queda no absenteísmo, menos acidentes de trabalho, menor rotatividade de colaboradores e maior produtividade. Evidentemente, isso se reflete nos balanços e nos lucros. Estudos feitos nos EUA (Federal Reserve) concluem que programas assim trazem, em retorno de produtividade, no mínimo de R$ 500 a R$ 1.500 por colaborador/ano, já descontado o investimento no programa.
Se sua empresa ainda não atentou para a questão da gestão financeira pessoal de seus colaboradores, talvez este seja o momento ideal para começar a pensar seriamente nisto.
Artigo publicado na revista Inove out/2008